Seja, Bem Vindo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

iPad vs. Concorrência

Netbooks? Tablets? E-readers? Qual é o principal inimigo do novo gadget da Apple no mundo da tecnologia?

Entre os smartphones e os notebooks, um elo foi preenchido. No último dia 27, Steve Jobs trouxe ao mundo uma novidade há tempos aguardada: o iPad. O que muitos chamam de “iPhone crescido” promete ser o novo hype no mundo da tecnologia e já levantou muitas críticas e questionamentos.

O papo de hoje é concorrência. O iPad, um produto novo e em uma categoria pouco explorada, chegou na área. O que grandes marcas como a HP, Asus e Dell têm a declarar sobre isso? Algumas opções de tablet já foram mostradas durante a CES 2010, mas parece que as empresas aguardam pacientemente a poeira da Apple baixar para, só então, divulgar mais informações sobre os produtos.

Além dos tablets, outro concorrente direto do iPad seriam os netbooks. Apesar de serem vistos pelo CEO da Apple como produtos imprestáveis - acredite, foi o que Jobs disse durante a conferência -, estes laptops em miniatura foram grandes estrelas do cenário tecnológico em 2009.

Os smartphones, por sua vez, até poderiam ser citados, já que trazem um suporte para internet, aplicativos e tudo mais. Contudo, a nova geração de celulares continua focando nas ligações; longe demais de um computador portátil.

iPad

Tablets

Para começar a conversa, vamos falar um pouco sobre a categoria do iPad: os tablets. Esses pequenos computadores consistem em uma espécie de lousa digital capaz de controlar um sistema operacional por meio de tela sensível ao toque ou de uma caneta especial.

Tablet no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço

A ideia é oferecer um ambiente simples para fácil acesso à internet e a pequenos aplicativos como um comunicador instantâneo ou um joguinho. Outro foco importante dos tablets de hoje está nos vídeos de alta definição. Poder assistir a um bom filme enquanto você está em um avião ou aguardando uma reunião é também uma das intenções de produtos como o iPad.

A história destes produtos começa em 1888, com a criação da primeira caneta magnética. Anos mais tarde, os tablets passam por cenários futurísticos, como Star Trek e 2001: Uma Odisséia no Espaço. No mercado da tecnologia, não inspiraram muita confiança e aparecem na forma dos mau sucedidos Apple Newton e ThinkPad da IBM.

Tablets do filme Star Trek

A categoria é antiga, mas pode-se dizer que o iPad e todos os outros tablets que serão lançados em 2010 fazem parte de uma nova geração de tablets PC, em que a tela sensível ao toque, alta definição para vídeos e bateria de longa duração são imprescindíveis.

iPad x Tablets

Na primeira bateria de comparações, nada mais justo do que comparar notebook com notebook, celular com celular e tablet com tablet. Esta é uma briga de produtos e não de categoria. O iPad foi o primeiro desta nova geração de tablets a ser mostrado mais detalhadamente, durante a Apple Keynote de janeiro.

Todos os outros modelos, apresentados durante a CES2010, não tiveram todas as suas características expostas, o que dificulta uma comparação precisa. Mesmo assim, o Blog do Igor pesquisou todos os protótipos e possibilidades de tablet que serão lançadas ainda este ano e as colocou lado a lado com o iPad. Confira o resultado.

iPad x Tablets

Confira os artigos de apresentação dos tablets:

iPad x Netbooks

A categoria de produtos que mais tem chances de brigar frente a frente com os tablets, mais especificamente o iPad, é a dos netbooks. Se o tablet da Apple deixa de lado a câmera de vídeo, suporte para multitarefas e flash, os netbooks aproveitam para abocanhar o mercado.

Com uma tela maior (geralmente 11" ou 12"), capacidade de armazenamento superior à do iPad e um teclado de verdade, estes pequenos laptops ainda são os favoritos de muita gente. Mas o ponto crucial deste combate está no bolso. De acordo com especialistas, o consumidor que compra um netbook busca, acima de tudo, um preço acessível.

Enquanto o custo do iPad varia entre US$499 (16GB, Wi-FI) e US$899 (64GB, 3G), um netbook top de linha pode sair por menos de US$600. Das marcas mais conhecidas, foram selecionados alguns dos modelos mais portáteis disponíveis no mercado. Que comece a luta!

iPad x Netbooks

Confira os artigos de apresentação dos netbooks:

iPad x E-book Reader

Enquanto ninguém sabia ao certo o que seria o novo produto da Apple, uma das grandes apostas era em um leitor de e-books da maçã. O iPad acabou sendo muito mais que isso, mas sem deixar os livros digitais de lado.

Embora não seja um concorrente direto dos principais e-readers do mercado, nada impede de comparar a cria de Steve Jobs aos principais leitores digitais do mercado. Vale lembrar: apesar de mais caro e pesado, o iPad faz muito mais do que gerenciar e-books.

iPad x E-book Readers

Confira os artigos de apresentação dos e-readers:

Façam suas apostas

O iPad foi lançado há pouco tempo, a concorrência ainda não mostrou todo o seu potencial e os tablets PC estão voltando à cena apenas agora. Por estes e outros motivos, é muito cedo para saber quem será o arqui-inimigo do iPad, quais serão as alternativas para o produto e se realmente vale a pena comprá-lo.

Tablets como o da HP chegaram a ser mostrados ao público, mas nenhuma demonstração mais detalhada foi feita. Ainda não se sabe do que a concorência é capaz e até que ponto o Apple iPad sai ganhando.

iPad

Comparações como as feitas nas tabelas acima são interessantes para perceber o que muda em cada um dos produtos mostrados (Tabela 1) e em categorias diferentes (Tabelas 2 e 3), embora não representem uma real batalha de produtos ou classe.

Enquanto o iPad não é disponibilizado para venda, o que deve acontecer dentro de 60 dias para os modelos Wi-Fi, consumidores e analistas têm apenas a keynote para basear suas opiniões. Sendo assim, para uma briga mais justa e completa, será preciso aguardar mais alguns meses.

Por hora, tudo o que se pode fazer é analisar os possíveis concorrentes e imaginar o que poderá acontecer no mundo da tecnologia em 2010. Será que o iPad reinará como o iPhone e o iPod ou permanecerá em um caminho mau iluminado, como aconteceu com o antigo Apple Newton? Estas e outras respostas, só o tempo trará - mesmo porque, isso não depende apenas do guru Steve Jobs.

E você, leitor do Blog do Igor? O que achou do iPad? Quem será seu principal concorrente? Comente à vontade!

Top 10 - Jogos em Flash

O Blog do Igor selecionou os melhores jogos online para você passar o tempo e se divertir.


Você jogou...Votou...Escolheu...E agora o Blog do Igor traz de presente a seleção dos jogos prediletos do pessoal. Baseado nas notas atribuídas e número de usuários que têm os games como seus favoritos, elaboramos uma lista com 10 de seus jogos preferidos.

De categorias diversas e capazes de agradar a todos os tipos de gamers, estes passatempos online vão entreter e divertir durante horas a fio, sem enjoar, e ainda estimulando habilidades variadas dos jogadores.


10. The Stone of Anamara Assustador, assombroso e misterioso.

A posição dez é ideal para os fãs de point and clicks de mistério, terror e aventura. Além de quebrar a cabeça em um ambiente macabro, o gamer vai se envolver em um crime brutal que ocorreu antigamente em um hospital para crianças com distúrbios mentais.

Feche a porta, apague as luzes, aumente o som e deixe-se levar por uma história intrigante e envolvente.


Radicalize com as crianças na pré-escola.


9. Dad´n Me

Bater em crianças inocentes e desprotegidas pode parecer muito cruel. Entretanto, se você é um pimpolho mimado e forte, a tarefa fica muito mais divertida e animada.

Em Dad’n Me você é o terror do parquinho da pré-escola, e seguindo o ditado “tal pai, tal filho” deve liberar todo o ódio que existe internamente em quem estiver na sua frente.


8. Phosphor

Derrote os inimigos em um excelente FPS.

Esta é a hora dos fãs de jogos tiro em primeira pessoa se divertirem. Sem tempo, objetivos ou história para regulá-lo, você deve explorar um ambiente gigantesco, todo em terceira dimensão, atirando em tudo que se move na sua frente.


Este é o tipo de jogo em flash que surpreende os gamers pela sua qualidade visual, agradando inclusive os mais aficionados por jogos do gênero.


7. Formula Racing

Acelere sem medo e vença esta corrida eletrizante.


Carros incríveis, pistas alucinantes e competições de tirar o fôlego. Estes são apenas alguns dos elementos que fazem de Formula Racing um jogo incrível, que permite ao gamer definir todas os aspectos relacionados à sua própria diversão.

Pise no acelerador sem medo e sinta-se como um verdadeiro piloto de Fórmula 1, neste jogo com gráficos, animações e efeitos sonoros super realistas.


6. Grow ver.3

Várias possibilidades de se construir um mundo.


Grow ver. 3 é um dos jogos da série de games de lógica e raciocínio que além de viciar e prender o jogador, desafia todas as suas habilidades mentais. Sem muita lógica, você deve selecionar os objetos e colocá-los no círculo, lembrando que um tem efeito sobre o comportamento do outro.

Acompanhe a transformação do mundo e chegue ao máximo da evolução neste puzzle surreal.


5. Get The Glass

Gráficos incríveis neste jogo de tabuleiro.


A família Adachi é totalmente apaixonada por leite! Porém, a polícia que mandá-los para o pior lugar do mundo, Milkatraz, uma penitenciária onde não

se pode beber leite. Em Get the Glass, você deve se envolver nesta perseguição perigosíssima no estilo de um jogo de tabuleiro.

Esta quinta posição chama muita atenção pelos gráficos que foram desenvolvidos em stop motion, animações com massa de modelar.


4. Realize manobras radicais e torne-se o rei do long board. Sewer Run 2

Chegando mais perto do pódio dos melhores joguinhos online, surge um game alucinante no qual os gamers poderão se aventurar na neve em cima de um long board. Realize manobras radicais e vença corridas de velocidade neste jogo cheio de possibilidades de personalização, fases, campeonatos, personagens e manobras.

Quem gosta dos gráficos em terceira dimensão, vai se surpreender com a qualidade.


3. American Dad Vs. Family Guy

Morra de rir em uma batalha mortal.

Uma família da Pesada e American Daddy são desenhos super engraçados. Agora imagine estas duas famílias em uma arena de batalha até a morte. Hilário, não? Mas além das risadas, o jogo conta com gráficos idênticos aos do desenho na TV e ainda permite que você desafie adversários reais no ringue.

Para dar um clima ainda mais de luta para o jogo, o game traz entre os personagens, o mais tradicional personagem de todos os jogos de luta: Ryu, do Street Fighter.


2. Bloxorz

Quebre a cabeça com este super desafio.

Sabe aqueles jogos que fazem com que você passe horas ininterruptas na frente do computador sem os menos perceber que o tempo está passando. Este é Bloxorz! O jogo de raciocínio e lógica é completamente diferente de tudo que você já viu e com toda a sua simplicidade consegue desafiar todas as habilidades mentais de quem se propõe a resolver o desafio.

Tudo que você deve fazer é: mover um bloco de concreto e jogá-lo em um buraco. Achou fácil? Então prove que é capaz!


Torne-se um milionário vendendo deliciosas limonadas!

1. Sim Lemonade Millionaire

E a medalha de ouro fica com o simulador Sim Lemonade Millionaire! Neste jogo você vai poder não apenas realizar seu sonho de infância de ter uma barraquinha de limonada, mas como se tornar um magnata dominando todo este segmento.

Todas as suas habilidades administrativas vão ser postas à prova. Mostre que você sabe lidar com dinheiro, funcionários e clientes e ganhe milhões de dólares unindo limão, água e açúcar.


Direitos do Consumidor: eletrônicos e Internet

Saiba quais são os seus direitos na hora de adquirir um produto eletrônico, planos de telefonia e internet banda larga.

Quem nunca teve um problema com um produto eletrônico ou operadoras de telefonia e internet banda larga que atire a primeira pedra. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL -, em 2009 o número de aparelhos celulares habilitados no Brasil era de 153 milhões. Já o número de usuários com internet banda larga em suas residências gira em torno de 23 milhões.

Com um número tão expressivo de usuários, é natural que o volume de problemas e reclamações também se tornem cada vez mais comuns. Mas o que fazer quando a vítima do problema é você? O Blog do Igor foi pesquisar o que fazer em algumas das situações mais frequentes que podem acontecer no dia a dia.

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o Código de Defesa do Consumidor garante plenamente os seus direitos. Por isso, fique ligado neste guia e não deixe ninguém passar você para trás por falta de informações. Afinal, problemas podem até ocorrer, mas isso não significa que os seus direitos possam ser desrespeitados ou ignorados por completo.

Prazos e garantias

Imagine a seguinte situação: você acabou de comprar um monitor novinho na loja e, já no primeiro mês, ele começa a apresentar problemas. A quem recorrer, a loja ou ao fabricante? Tudo irá depender do prazo decorrido de sua compra.

Os produtos eletrônicos são considerados bens duráveis e têm pelo Código de Defesa do Consumidor um prazo de garantia legal de 90 dias, conforme o inciso II do artigo 26. A garantia legal independe da contratual, que é aquela ofertada pelo fornecedor, cujo prazo pode variar. A garantia legal é complementar à garantia contratual.

Fique atento aos itens cobertos pela manutenção durante o prazo de garantia.

Assim, se um produto é ofertado como tendo garantia de um ano (contratual), esta garantia deve ser complementar à garantia legal (90 dias), totalizando um período de um ano e três meses. Os itens cobertos pela garantia variam de produto para produto e você deve ficar atento ao que está disposto em seu certificado de garantia e no manual de instruções do produto.

Alguns estabelecimentos comerciais, por liberalidade, estipulam um prazo, por exemplo, de 5 dias, para troca do produto em caso de defeito. No entanto, a garantia contratual é estabelecida pelo fabricante, mas o vendedor responde solidariamente, conforme o Código de Defesa do Consumidor, se o problema não for resolvido pela assistência técnica.

Fiquei um dia ou mais sem internet. Devo pagar por ele?

A resposta para essa pergunta é simples: não! Talvez esta seja uma das reclamações mais comuns dos usuários. Muitas vezes, devido a algum problema externo ou mesmo uma janela de manutenção, a internet banda larga de uma determinada região da cidade fica fora do ar por alguns instantes.

No entanto, para quem trabalha online o tempo todo, alguns minutos podem parecer uma eternidade, o que dizer então de ficar um dia inteiro sem internet? Segundo o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 20, "o fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor".

Nos incisos I, II e III do mesmo artigo as opções também ficam claras, sendo seu direito exigir "a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; o abatimento proporcional do preço".

Anote as datas e horários das reclamações feitas junto à operadora.

Todavia, é preciso comprovar o tempo que o serviço ficou fora do ar. Para isso, segundo orientação do Procon-PR, o consumidor deve "contatar a empresa solicitando o desconto proporcional e/ou os órgãos de defesa do consumidor. Na reclamação é preciso que conste a data e hora da interrupção do serviço".

É importante ter em mãos também números de protocolos com datas e horários das ligações efetuadas para a operadora. A mesma regra vale para serviços de telefonia e serviços considerados essenciais, como água e luz.

Velocidade de conexão abaixo do contratado

Este é um ponto polêmico. Os serviços de transmissão de dados não são estáveis e muito menos disponibilizam uma velocidade contínua. Assim, é natural que ocorram variações na velocidade de download e upload para mais ou para menos do valor contratado.

Embora numa análise inicial a queda significativa na velocidade possa também se enquadrar no artigo 20 - já que há uma diminuição de valor - é importante neste caso atentar para o que está escrito no contrato que você assinou quando contratou o serviço. A maioria deles prevê uma variação na velocidade contratada.

Alguns contratos, inclusive, estipulam que a velocidade de conexão pode chegar até a 10% do valor. Num caso extremo como este, você deve entrar em contato com a operadora e, se nada for feito, procurar um órgão de defesa do consumidor como o Procon.

Legalmente não há muito para ser feito, mas cláusulas como essas podem ser questionadas, uma vez que podem ser interpretadas como abusivas. Se você não recebeu uma via do contrato, exija-a. É um direito seu. Assim como também é um dever seu ler o contrato antes de assiná-lo para que, caso discorde de alguma de suas cláusulas, possa questioná-las ou mesmo procurar outra empresa.

Fique atento a variação máxima permitida de acordo com o seu contrato.

A mesma regra vale para limites de banda. Caso você tenha contratado um plano de dados ilimitado, não faz sentido ter sua velocidade de conexão reduzida ao atingir determinado limite de download. Mais uma vez, procure saber o que foi estabelecido em contrato e, caso nada tenha sido mencionado, acione o Procon de sua cidade.

Alguns órgãos como o Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC - têm questionado cláusulas como a supracitada, buscando uma padronização na legislação. Porém, em princípio, o que existem são decisões judiciais isoladas, analisadas em casos individuais.

Multas rescisórias e prazo de fidelidade contratual

Para o Procon-PR a exigência relativa a prazo de fidelidade nos serviços de internet é abusiva, conforme os artigos 51 e 39 do Código de Defesa do Consumidor.

O artigo 51 dispõe que "são nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: transfiram responsabilidades a terceiros (inciso III) e deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor (inciso IX)".

Na maioria dos casos, ao exigir o não pagamento de multas rescisórias ou taxas referentes a quebras de contrato, as operadoras depois de alguma negociação costumam abrir mão dos valores. No entanto, caso você não tenha sucesso, a melhor saída é procurar um órgão de defesa do consumidor.

Para o Procon-PR a exigência relativa a prazo de fidelidade nos serviços de internet é abusiva.

Mais uma vez, é importante ficar atento ao que está disposto no contrato que você assinou e tê-lo em mãos, assim como comprovantes de pagamento e números de protocolo de ligações à operadora, na hora de entrar em contato com os órgãos de defesa.

Compras no exterior

Com a popularização das lojas online e da implementação de sistemas mais seguros para transferência de dados, aumentou significativamente a compra de produtos pela internet. Dados divulgados no final de 2009 dão conta que as transações online cresceram 28% em relação aos dois últimos anos.

Embora o mercado interno online já seja hoje uma fonte confiável para boa parte dos consumidores, ainda são poucos que se aventuram em compras online em lojas do exterior. Fatores como a alta carga tributária, taxas de frete mais altas e prazo maior para entrega acabam ainda sendo motivo de desconfiança para muitos usuários.

Porém, mesmo que você esteja disposto a encarar todos esses fatores, precisa ficar atento também a um outro detalhe: caso o produto que você comprou apresente algum defeito ou venha com alguma avaria será preciso contar com a idoneidade e a boa vontade da loja de origem para resolver o problema.

Isso acontece porque as leis do Código de Defesa do Consumidor não se aplicam aos estabelecimentos comerciais internacionais. Por isso, antes de efetuar uma compra internacional, leve em consideração alguns fatores.

Dois principais deles são: informe-se em fóruns ou com outros usuários sobre experiências anteriores de compra e verifique no site quais as condições e prazos para possíveis devoluções ou trocas de mercadorias.

Preste muita atenção na idoneidade da loja antes de comprar no exterior.

Mas e caso você compre um produto fora do país de uma empresa ou marca que possua representante legal em terras brasileiras? Segundo orientação do Procon-PR, caso exista um representante oficial do fornecedor internacional no Brasil, o consumidor pode procurá-lo para resolução de eventual problema. Se não houver representante no país, o consumidor deve recorrer ao Judiciário, com abertura de processo.

Alguns cuidados básicos que você deve tomar antes de efetuar qualquer tipo de compra online, seja no Brasil ou no exterior:

Saiba efetivamente como funcionam todos os procedimentos a serem adotados durante a compra e após o recebimento da mercadoria. Em caso de dúvida não hesite em entrar em contato com a loja. Caso sua mensagem não seja nem respondida, desconfie sobre a qualidade do serviço prestado;

- Verifique as medidas que o site adota para garantir a segurança e a privacidade dos seus dados;

- Guarde todos os dados de compra, como itens adquiridos, valor pago, forma de pagamento, prazo de entrega e número do protocolo de compra. Emails trocados com a loja também são válidos em uma possível reclamação, por isso guarde-os também;

- Exija sempre nota fiscal do produto.

Quando posso me arrepender das compras que fiz via Internet?

Desde que você esteja agindo de boa-fé é possível, sim, arrepender-se da compra de um determinado produto. Este é mais um direito do consumidor e que pode ser exercido em duas situações. Quando o produto ou serviço recebido não corresponder às suas expectativas, é uma delas; ou quando o consumidor for induzido a contratar sem a necessária reflexão.

Neste caso, exige-se boa fé do consumidor por se tratarem de condições de análise subjetivas, e não técnicas, para desistência da compra do produto. Em situações como esta seu direito pode ser exercido até 7 dias após a data de assinatura do contrato ou recebimento da mercadoria.

Se você ficou desapontado com um produto pode devolvê-lo em até sete dias.

O produto recebido deverá ser devolvido e os valores pagos à loja devem ser restituidos, inclusive, com atualizações monetárias quando forem cabíveis. Vale lembrar que o produto deve ser entregue da mesma forma que você recebeu, ou seja, sem avarias e em perfeitas condições de uso.

Seja um consumidor consciente

Conhecer os seus direitos e deveres como consumidor é uma das melhores maneiras para evitar aborrecimentos quando eventuais problemas ocorrerem. Assim, além de evitar ser enganado, você saberá exatamente como proceder em determinadas situações.

Listamos aqui algumas dicas que você deve levar em consideração antes de adquirir qualquer produto e algumas ações importantes a serem feitas após a compra:

- Antes de adquirir qualquer produto ou serviço, solicite uma cópia do contrato para leitura. Muitas vezes o consumidor só de dá conta de determinadas condições de utilização após a assinatura do contrato. Com isso você evita comprar produtos que não irão suprir suas necessidades e também pode questionar, caso discorde de algumas condições impostas pelo fabricante ou prestador do serviço;

- Guarde todos os comprovantes de compra, notas fiscais, certificados de garantia e manuais de instrução juntos. É comum acontecer de um produto apresentar problemas depois de quase um ano da compra e o consumidor não poder usufruir da garantia por não ter mais os comprovantes de compra. Por isso, guarde-os de maneira organizada em algum lugar de fácil acesso em sua residência;

- Leia atentamente o manual de instruções do produto, bem como os contratos de utilização de serviços.Você descobre como utilizar todas as funções de um determinado bem durável sem o receio de estar fazendo algo errado que possa estragá-lo. Da mesma maneira, no caso dos serviços, você fica ciente dos seus direitos e deveres e pode utilizar essas informações em benefício próprio quando necessário.

- Conheça o Código de Defesa do Consumidor. Muitas vezes o proprietário de um produto com avarias acaba deixando de exercer os seus direitos por não ter conhecimento da legislação. O texto completo da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, pode ser acessado na página do Governo Federal;

- Ao entrar em contato com um Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC - ou assistência técnica, anote sempre a data e o horário da ligação, bem como os números de protocolo de atendimento e, se possível, o nome dos atendentes. Informações como essas são primordiais caso o problema não seja solucionado pela empresa e seja necessário procurar um órgão de defesa do consumidor;

- Se você se sentir lesado e o contato direto com a prestadora de serviços, a loja ou o fabricante não resolverem o seu problema, procure o Procon da sua cidade. O Governo Federal mantém o site Portal do Consumidor e nele é possível pesquisar o telefone e endereço de todas as unidades do Procon no país. Outra alternativa é consultar o IDEC. A página oficial da entidade também traz muitas orientações ao consumidor além dos telefones e endereços para contato.

Pense antes de comprar.

Alguns sites para você visitar

Lei nº 8.078 - No site do Governo Federal está disponível o texto integral da Lei Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que legisla sobre os direitos e deveres do consumidor;

Portal do Consumidor - Site também mantido pelo Governo Federal onde é possível localizar a unidade do Procon mais próxima de sua cidade;

ANATEL - A Agência Nacional de Telecomunicações é a responsável pela regulamentação dos setores de internet e telefonia no país. Além de toda a legislação sobre o assunto o site traz respostas às perguntas mais frequentes do consumidor sobre o assunto;

IDEC - Site do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, uma associação de consumidores independente que tem por objetivo educar e conscientizar os cidadãos sobre os seus direitos.

Este artigo trouxe informações úteis para você? Que outras dicas ou conselhos importantes devem ser levados em consideração na aquisição de produtos ou serviços? Participe deixando a sua opinião nos comentários.

O que é Kernel?

Aprenda o que é o Kernel, como ele funciona e sua importância para o Sistema Operacional. tweetmeme_source = 'Blogdoigoroficial'; O Kernel é um componente do Sistema Operacional, mas fica tão escondido que a maioria dos usuários domésticos sequer ouviu falar nele. Isso se deve à sua importância: ao contrário do que pode parecer, ele é tão essencial para o funcionamento de um computador que é melhor mantê-lo a salvo de pessoas bisbilhoteiras e inexperientes.

O cérebro do S.O.

Um PC divide-se, basicamente, em duas camadas: hardware e software. Até aí, nenhuma novidade. Onde entra o Kernel na história, então? Pois bem: ele é o grande responsável por fazer a interação entre essas camadas. Em outras palavras, é o Kernel que gerencia os recursos do sistema e permite que os programas façam uso deles.

Simples assim?

[Photo]Na verdade, não. O fato é que o Kernel é complexo demais para ser explicado de forma técnica a um público leigo no assunto. Basicamente, ele começa a funcionar assim que o computador é ligado; nesse momento ele inicia a detecção de todo o hardware indispensável ao funcionamento da máquina (monitor, placa de vídeo etc.). O Sistema Operacional é carregado em seguida e, uma vez que o usuário faça seu login, o Kernel passa a administrar as principais funções dentro do S.O.: isso inclui o gerenciamento da memória, dos processos, dos arquivos e de todos os dispositivos periféricos.

Dessa forma o Kernel pode ser descrito como um grande organizador: é ele o responsável por garantir que todos os programas terão acesso aos recursos de que necessitam (memória RAM, por exemplo) simultaneamente, fazendo com que haja um compartilhamento concorrente – mas sem oferecer riscos à integridade da máquina.

Debate: o mundo digital vai conseguir se popularizar no Brasil?

O avanço da internet acabou por criar um verdadeiro mundo digital, porém os brasileiros ainda estão à margem desta nova sociedade. Isso vai ser assim para sempre?

A internet começou sua popularização nos anos de 1990 e rapidamente se espalhou pelos quatro cantos do mundo como a mais revolucionária das ferramentas de comunicação. Os fatos que se seguiram com a rede mundial de computadores depois de sua gênese somente comprovam essa tese, porém, aqui no Brasil muita coisa ainda não acontece.

Atualmente podemos realizar inúmeros serviços via internet: pagamentos, compras, transações bancárias, compartilhamento de arquivos, dados e informações, cursar faculdade, participar de reuniões, etc. Além disso, não é nada difícil encontrar diversão e entretenimento neste mundo paralelo existente dentro dos computadores.

Contudo, existe uma série de sites e serviços – para entretenimento principalmente – que ainda não estão disponíveis ou têm conteúdo bastante restrito para as terras tupiniquins, o que acaba excluindo milhões de brasileiros deste admirável mundo novo.

Entretenimento sem limites... Menos para o Brasil!

Se você é um daqueles internautas que adora fuçar o mundo virtual atrás de novidades para seu entretenimento e diversão, já deve ter esbarrado em vários sites com conteúdo dos melhores canais de televisão do mundo disponíveis na internet de modo legal e gratuito (ou então com planos de assinatura), mas na hora de acessar... “Desculpe, mas o seu IP é do Brasil”.

Sim! Um mundo de entretenimento a um clique de distância, mas não para você que está no Brasil. Para ilustrar esta realidade temos quatro bons exemplos: Hulu, Spotify, Pandora Internet Radio e o FreeAllMusic.com

Hulu

Hulu é um site que oferece via streaming conteúdo no formato Flash Video (igual ao YouTube) de grandes redes de televisão do mundo. Este serviço é o resultado de um esforço em conjunto entre NBC Universal, Fox Entertainment Group e ABC Inc., três grandes produtores de conteúdo, cujas produções são famosas no mundo todo.

Hulu

São vários canais para a exibição de filmes, desenhos, seriados e eventos musicais e esportivos que podem ser acessados e acompanhados em qualquer lugar, em qualquer momento (tal qual o slogan do site “Anywhere, anytime”), mas o serviço só está disponível para os Estados Unidos e ao tentar assistir algo você recebe essa informação.

Pandora Internet Radio

Outro bom exemplo é a Pandora Internet Radio, uma rádio online gratuita em que você pode criar estações somente com artistas similares, selecionados aleatoriamente pelo próprio site. Áudio de boa qualidade, suporte para uso em celulares e gratuito, porém, disponível somente para os Estados Unidos.

Spotify

O Spotify é um serviço legal de transmissão de músicas, ou seja, você pode ouvi-las sem se preocupar por infringir leis de direitos autorais de onde quer que seja. Funcionando nos moldes do Hulu, você pode usar o Spotify onde estiver, a qualquer momento, basta acessar sua conta para ter “um mundo de música” ao seu dispor.

Spotify

Este serviço é gratuito, mas também possui um plano pago em que o usuário encontra algumas vantagens como ausência de propagandas, possibilidade de ouvir suas listas de reprodução enquanto estiver offline, acessar o Spotify por meio de celulares e melhor qualidade de áudio. Independente de pagar ou não, se você não está na Suécia, Noruega, Finlândia, Inglaterra, França ou Espanha, não poderá usufruir de seus benefícios.

FreeAllMusic.com

E que tal se ao invés de pagar alguns dólares por uma música comprada você tivesse apenas que assistir a um pequeno comercial de 20 a 30 segundos? Pois é essa a ideia do FreaAllMusic.com, um site que disponibiliza músicas para download e compartilhamento irrestrito, sendo que o “pagamento” é acompanhar o comercial. Mais uma vez uma bela proposta que beneficia tanto o público quanto o artista deixa o Brasil de lado: o serviço é disponível apenas para os EUA.

Dois para lá, um para cá

Tudo bem, temos que reconhecer que não estamos completamente ilhados do entretenimento mundial, afinal muita coisa também está disponível aqui para o Brasil (leia mais sobre isso logo abaixo). Contudo, algumas coisas bastante interessantes estão disponíveis apenas parcialmente, como os serviços online Xbox Live (do console Xbox 360 da Microsoft) e a PlayStation Network (do PS3 da Sony).

PSN  - Xbox Live - App Store

Em ambos os serviços existe uma enorme limitação de conteúdo para contas brasileiras. Muita coisa como jogos completos pagos ou demos gratuitos para baixar, facilmente encontrados em contas europeias, japonesas e/ou estadunidenses, simplesmente não existem se sua conta possui um endereço do Brasil.

A App Store, loja virtual da Apple, possui um catálogo imenso de aplicativos para iPhone e iPod Touch. Pense como é divertido: uma loja virtual em que você pode acessar do computador ou do dispositivo móvel, “folhear” um catálogo e comprar os jogos e aplicativos que julgar interessante. Se você está no Brasil, porém, a variedade deste catálogo é bastante reduzida.

Leia mais em:

Por que a App Store brasileira não tem jogos?

Nem tudo são espinhos

Apesar de todas as dificuldades apresentadas anteriormente, aqui no Brasil nós também temos belas iniciativas que envolvem este mundo digital. Bons exemplos acabam sendo poucos, porém, muito interessantes.

NetMovies Live

Um caso é o NetMovies, locadora virtual de filmes em que você pode locar DVDs/Blu-ray sem sair de casa. No site você encontra a NetMovies Live, uma seção que permite a exibição de filmes online, em qualquer computador e gratuitamente.

NetMovies Live

Você precisa apenas selecionar o título que deseja ver, sem download nem instalação, tal qual você faz no YouTube e em outros sites de transmissão de vídeos. Logicamente, o vídeo é carregado e a velocidade em que se dá este processo depende de sua conexão.

Saraiva Digital

Outro excelente exemplo é a Saraiva Digital, um local online da editora e livraria Saraiva onde é possível locar e comprar filmes. Diferentemente das lojas convencionais, aqui você não precisa esperar o disco com o filme chegar à sua casa: após realizar a compra, basta fazer o download do arquivo e assistir a ele.

Se não quiser comprar, a Saraiva disponibiliza títulos também para locação, ou seja, você paga um determinado valor e pode assistir ao filme quando quiser em um determinado período de tempo. Para usufruir deste serviço é preciso fazer o download do aplicativo Saraiva Digital (clique no link) e então você poderá adquirir e visualizar filmes e séries sem sair da frente do PC.

Terra TV

Mais um exemplo presente no Brasil que vale a pena ser citado é a Terra TV. Uma televisão online disponibilizada pelo portal Terra com vasto conteúdo. Este é um serviço que disponibiliza centenas de vídeos para qualquer usuário, desde filmes completos e seriados como Lost até entrevistas coletivas de jogadores de futebol e programas do Biography Channel. Todo esse conteúdo é disponibilizado gratuitamente.

Terra TV

Estes três serviços mostram que o Brasil se encontra sim na rota de grandes produtoras e daqueles que veem na internet um espaço amplo e produtivo para a divulgação de conteúdo para entretenimento gratuito ou não.

Steam

Apesar de não ser brasileiro, o serviço Steam está disponível para cá. Esta ótima iniciativa da produtora de jogos eletrônicos Valve pretende combater a pirataria por meio da distribuição digital. O serviço é bastante simples: você baixa o programa, faz seu cadastro e então pode realizar a compra de jogos pela internet, utilizando seu cartão de crédito internacional.

Feita a compra, você pode fazer o download do jogo em qualquer computador bastando para isso fazer o login em sua conta. O serviço é um sucesso completo e possui em seu catálogo de jogos mais de dois mil títulos, dentre eles grandes jogos como Half-Life, Gran Theft Auto, Far Cry, Call of Duty, Max Payne, Quake, Football Manager, e Tomb Raider.

Steam

Apesar de todos os jogos estarem cotados em dólar, você encontra diversos deles com preços inferiores a US$ 10, valor que, convertido, não chega a R$ 20. Além disso, existem ali centenas de versões de demonstração que podem ser baixadas gratuitamente por qualquer usuário, em qualquer lugar.

Awomo

Outro serviço nos moldes do Steam e que trabalha com a distribuição digital de conteúdo é o Awomo. Aqui também você se cadastra no site e então realiza a compra e o download dos jogos que desejar, no computador que preferir. A proliferação deste tipo de serviço mostra como a distribuição digital pode ser uma saída para o combate à pirataria de jogos e softwares.

Pirataria

Alguns apontam a pirataria como um dos grandes inimigos da expansão do mundo digital no Brasil, pois ela seria um ponto desencorajador de grandes empresas de entretenimento para se aventurarem no mercado tupiniquim.

PiratariaSegundo dados do Estudo Global de Pirataria de Software de 2005, levado a cabo pela estadunidense Business Software Alliance (BSA), a cada dez softwares vendidos em nosso país, seis eram cópias piratas.

Se analisarmos o volume de jogos, músicas e filmes piratas comercializados no Brasil, este número deve ser ainda maior e isso poderia afastar da realidade brasileira as benesses deste mundo digital.

Por outro lado, todos sabem que a pirataria não é algo tipicamente brasileiro e que em países desenvolvidos a prática também é bastante comum.

Na Suécia, terra natal do The Pirate Bay (TPB) – que se autointitula o “maior tracker BitTorrent do mundo” – e já sofreu bastante com a justiça daquele país pelo fomento à pirataria, surgiu o Partido Pirata.

Este partido pretende, dentre outras coisas, colocar em voga discussões sobre revisão de leis de direitos autorais a fim de compartilhamento de informações e conhecimento e já ganhou adeptos e versões nacionais em diversas outras partes do mundo.

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Debate: pirataria de software

A lei se levanta contra a pirataria

O Código Penal brasileiro em seu artigo 184 aponta como crime a violação de direitos autorais e demais direitos conexos, prevendo pena de três meses a um ano de detenção ou multa. Em 2003 foi aprovada a lei 10.695/03, uma “nova lei antipirataria” que pretende aumentar o rigor sobre a comercialização de produtos ilegais, deixando de lado aquilo que é feito sem fins lucrativos, como baixar música em seu computador doméstico.

LeiNa França – país em que, segundo estudos, são baixados cerca de 10 milhões de filmes ilegalmente por mês – uma lei antipirataria está em debate desde abril de 2009.

Ela pretende tornar o país um dos mais rigorosos no combate à distribuição ilegal de conteúdo via internet e uma das sanções previstas inicialmente no projeto de lei era a desconexão da internet do usuário que baixar pirataria.

Na mesma Suécia do Partido Pirata e do TPB surgiu uma lei para combater a pirataria. Com base na legislação nacional, um produtor/desenvolvedor/artista, enfim, o responsável pelos direitos autorais de determinado produto, pode ir aos tribunais e solicitar à Justiça que “desvende” a identidade ligada ao IP do computador que baixou o conteúdo ilegalmente.

Em menos de 48h após a entrada em vigor da lei em 1º de abril de 2009, o tráfego de dados na internet sueca caiu de quase 140 gbps em 31 de março para pouco menos de 80 gbps. Além disso, dois indivíduos foram presos acusados de compartilhar ilegalmente arquivos protegidos por direitos autorais, o que mostra que o cerco contra a pirataria está aumentando no país escandinavo.

Distribuição digital gratuita: uma saída

Apesar de muitos verem na distribuição digital gratuita de conteúdo um fim, outros veem ali um recomeço. Alguns casos mostram como a descriminalização do download de música pode surtir efeito. Para exemplificar citaremos dois deles: o movimento Música para Baixar e o portal brasileiro Trama Virtual.

Trama Virtual

O portal Trama Virtual, pertencente à gravadora brasileira Trama, funciona como um espaço de troca entre artistas e seus fãs, além de palco para centenas de bandas independentes que divulgam seu trabalho na internet. Esta é uma plataforma em que artistas como Ed Motta, O Teatro Mágico e Móveis Coloniais de Acaju, têm todo seu trabalho disponibilizado gratuitamente para download.

Trama Virtual

Outro projeto da Trama, envolvendo apenas artistas que possuem contrato com a gravadora, é o Álbum Virtual. Aqui se encontram álbuns completos para download, juntamente com encarte, informações especiais e vídeos, tudo gratuitamente. Mais uma vez é o serviço de distribuição digital colaborando na divulgação do trabalho de artistas brasileiros.

Movimento Música para Baixar

Surgido a partir do sentido democrático que a internet dá à comunicação, o Movimento Música Para Baixar (MPB) é uma coleção de esforços de vários artistas brasileiros que pretendem descriminalizar o download de música por meio da ideia de que “quem baixa música não é pirata, é divulgador! Semeia gratuitamente projetos musicais” (trecho retirado do manifesto do Movimento).

Movimento Música para Baixar

O MPB é composto por artistas, produtores, ativistas da internet e usuários e pretende promover debates e ações entre estes públicos diversos a fim de conscientizar a todos sobre a importância do compartilhamento da música. Encabeçam o MPB artistas como Leoni, o rapper GOG e a trupe d’O Teatro Mágico, juntamente com Marcelo Branco, membro da Associação SoftwareLivre.org e vários outros “artivistas”.

O outro lado da moeda

Ainda tratando da distribuição de conteúdo, recentemente Fred 04, vocalista da banda pernambucana Mundo Livre S/A e um dos precursores do Movimento Mangue Beat ao lado de Chico Science & Nação Zumbi, deu declarações que causaram um certo mal-estar em quem apoia o download gratuito de música na internet.

Dentre outras coisas, o músico afirmou que melhor do que “música para baixar” seria um movimento “música para pagar e baixar”. Segundo o artista pernambucano, chegamos a um estágio em que “é quase proibido questionar a internet”. Além disso, ainda de acordo com Fred 04, a exclusão das gravadoras no processo de produção poderia trazer prejuízos como a diminuição da agenda de shows dos artistas.

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Conclusões...?

Se por um lado o cenário é bastante limitado, por outro vemos que há uma forte movimentação capaz de modificar os rumos da distribuição de conteúdo de entretenimento no Brasil, seja no campo da música, do cinema ou dos jogos. Independente de como, uma coisa é fato: a distribuição digital é um caminho que leva para o futuro.

A internet revolucionou a comunicação e o compartilhamento de conteúdo eletrônico e isso não tem mais volta. O que precisamos é de uma readequação que beneficie tanto o artista/produtor quanto o consumidor final. Esta é uma discussão que está apenas começando e que possui muito pano para manga, portanto, participe conosco e nos dê sua opinião.

Você acha que a pirataria realmente influencia na (não) expansão do mundo digital no Brasil? Será que existem motivos plausíveis para que o Brasil seja excluído de alguns ótimos serviços como os citados neste artigo? Você consome produtos digitais? O que pensa sobre iniciativas como as do Movimento MPB e da Trama Virtual? Concorda ou discorda com as declarações de Fred 04? Manifeste-se!

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