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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mesas digitais: o futuro na ponta dos dedos

A era das mesas digitais está para começar. Conheça o estágio atual da tecnologia.

Que tal convidar sua namorada ou namorado para um jantar romântico em um restaurante temático, o “Soft Pop Buffet”, com luzes e som ambientes, criando o clima perfeito para uma noite divertidíssima e, quem sabe, preparando o terreno para um pedido de casamento?

Durante o encontro, o casal conversa sem dar muita atenção aos arredores, já que ambos estão hipnotizados pela presença um do outro. Trocam olhares, beijos, carícias nas mãos e...

“Com licença, aqui está seu pedido: Super-mega-master-shake de morango com anis, e Madonna com cebola para a moça; Troll-Cola e alcatra ao alho frito para o rapaz. Bom apetite!”

O garçom chega para mudar o rumo da festa e a vida dos pombinhos para sempre. Quando ele posiciona os pratos e copos naquilo que o casal pensava ser uma mesa, ela se acende e um videoclipe da Madonna começa a ser reproduzido ao lado do prato.

Em outra área da mesa, um documentário contando quem inventou o sorvete é mostrado, fazendo a moça babar em seu Super-mega-master-shake de morango com anis.

Em seguida, o funcionário do restaurante põe na mesa a alcatra ao alho frito para o rapaz, fazendo com que um círculo vermelho piscante apareça sob o prato, com a palavra “colesterol” escrita em letras garrafais.

Quando a Troll-Cola é entregue, a mesa mostra a origem da palavra “troll”, com ilustrações de seres humanoides de educação rudimentar e hábitos alimentares nada saudáveis — pelo menos para humanos.

Neste ponto, o romantismo já foi por água a baixo e o casal se dedica mais a descobrir sobre a mesa do que um ao outro, ou mesmo à refeição.

Apesar de parecer uma cena futurista, o acontecimento acima é perfeitamente possível em alguns lugares do mundo e é só um exemplo do que a tecnologia desse tipo de dispositivo é capaz.

Trata-se de um computador composto por uma tela multitouch, câmeras de infravermelho, reconhecimento de voz e outras tecnologias capazes de reconhecer até o modelo do celular que você coloca em cima, seu rosto, seu humor e até (pasme!) se você é do sexo masculino ou feminino.

Microsoft SurfaceVocê já deve pelo menos ter ouvido falar nesse tipo de aparelho, principalmente porque a gigante Microsoft possui um produto em plena atividade, o Microsoft Surface. Pode não ter sido ela a pioneira no desenvolvimento do equipamento, mais foi ela a primeira a lançar um produto com a tecnologia.

La no no Portal Baixaki, já publicaram alguns artigos que falam sobre o Surface, que aparentemente foi esquecido. Temos essa impressão porque pouco se fala no assunto, o que tem uma justificativa plenamente plausível: não é um produto destinado ao usuário final.

A situação do casal de namorados, além de outras, em hospitais, escolas e lojas, é mais provável do que algo similar acontecendo dentro da casa das pessoas. Pelo menos por enquanto, já que nos vídeos promocionais do Surface, a Microsoft mostra seu uso por usuários domésticos.

Se você ainda não teve a oportunidade de viajar no tempo, como mostramos no artigo sobre o ano 2022, provavelmente não tem como saber se os dispositivos multitouch e o Microsoft Surface se popularizaram o suficiente para serem usados em residências.

Na realidade, até o momento, o produto ainda luta para ganhar o mercado corporativo e, quem sabe em um futuro não muito distante, entrar na sua casa. Porém, não sai barato ter uma criança como essa, pois a versão comercial do Surface custa 12 mil dólares nos Estados Unidos e, a título de curiosidade, não possui revendedores autorizados no Brasil.

Será um desafio imenso tornar viável a compra de um equipamento tão caro para uso em residências, mas torcemos para que ele se popularize e receba versões caseiras mais baratas. O vídeo abaixo é um comercial do Microsoft Surface, mostrando um pouco do que o brinquedão é capaz. Assista e babe.

As mesas digitais ganham o mundo (ou não)

O Microsoft Surface já deixou o estágio de protótipo há muito tempo e circula no mercado mundial, detendo o monopólio desse tipo de produto, já que simplesmente ninguém lançou dispositivo similar.

Hoje ele é usado, por exemplo, no Hard Rock Cafe de Las Vegas, nos Estados Unidos, em mesas espalhadas pelo estabelecimento, com milhares de informações sobre música, artistas e até mesmo os instrumentos e roupas usados pelos maiores astros da música.

Você vê no vídeo abaixo o relato dos proprietários do restaurante, bem como demonstrações de como e para que o Surface é usado.

Algo que talvez poucos saibam é que recentemente a Microsoft inaugurou sua primeira loja própria, com as melhores criações desenvolvidas pela empresa. Obviamente, não poderia faltar nessa loja o Surface, que é um produto de ponta, para consumidores seletos — leia-se empresas, basicamente.

O Surface não só é vendido na loja, como também é usado pelos vendedores e clientes para mostrar e conhecer melhor o que a empresa tem para oferecer. Tudo isso é feito no ambiente extremamente rico e interativo que só a tecnologia multitouch, aliada a diversas outras, é capaz de fornecer.

Microsoft Surface na loja Microsoft.

Entre os parceiros da Microsoft que utilizam o Surface estão ainda a Disney, a MSNBC, a rede Extra Entertainment news, as redes de hotéis Sheraton e Hotel 1000, além do já mencionado Hard Rock Cafe e o iBar, ambos em Las Vegas.

O Surface perdendo o trono

Mas o Surface que se cuide, porque em 2009 a Sony adquiriu os direitos de um projeto chamado atracTable, da empresa Atracsys. Isso significa que daqui a pouco tempo ouviremos falar de mais uma engenhoca com tela sensível ao toque e a gestos, trazendo concorrência para o Microsoft Surface e aquecendo o mercado de mesas digitais.

Outras empresas também possuem projetos na área, mas nenhuma até o momento foi capaz de lançar um produto que realmente chamasse a atenção do mercado. E se você está se perguntando quando essa maravilha vai acontecer, já pode parar, pois espera-se que a Sony lance o atracTable ainda neste ano, no mês de junho.

É esperar para ver se finalmente será possível falar no plural quando nos referirmos à quantidade de modelos de mesas digitais disponível.

A maior diferença entre o Surface e o atracTable deverá ser a capacidade do segundo de reconhecer mais do usuário do que o produto da Microsoft. A promessa é que o equipamento seja capaz de reconhecer gestos, idade aproximada, humor e até o sexo do utilizador.

Entretanto, não são só as gigantes multinacionas as capazes de criar ou recriar tecnologia de ponta. A equipe da revista MaximumPC construiu uma mesa digital com todas as funcionalidades do Surface, porém gastando algumas centenas de dólares, em oposição ao Surface, que custa mais de 12 mil.

Não satisfeita, a equipe da revista ainda publicou um artigo sobre como um usuário pode fazer uma mesa digital em sua própria casa. Ou seja, apesar de as mesas digitais disponíveis atualmente e no futuro serem extremamente caras — pelo menos as lançadas pelas grandes empresas —, em pouco tempo qualquer pessoa com algum conhecimento técnico será capaz de construir sua própria mesa digital, sem precisar gastar rios de dinheiro.

Linuxistas de plantão, esta é para vocês: Peter Hutterer é o nome do responsável pelo MPX, ou "Multi Pointer X Server", uma modificação do X Server do Linux, capaz de reconhecer toques. Ele não é tão preciso quanto o Surface e, segundo o próprio desenvolvedor, ainda possui muitos bugs a serem corrigidos.

Entretanto, os "inimigos" da Microsoft e do software proprietário podem descansar em paz, pois serão capazes também de desenvolver aplicativos ricos em interatividade para serem usados no MPX. Você apostaria nessa ideia? O Linux está longe de ameaçar a hegemonia do Windows. Será que o MPX representará uma ameaça, ou ficará à margem, assim como o sistema operacional?

O futuro dos filmes está chegando

Se você só conseguia enxergar tecnologia avançada em filmes de ficção científica e aventuras futuristas, está na hora de começar a mudar seus conceitos. As mesas digitais já estão presentes e, conforme estudos forem desenvolvidos, elas se tornarão cada vez mais populares e baratas.

Filmes como Minority Report são exemplos clássicos quando se fala em interfaces ricas em interatividade. Comandos por gestos, telas sensíveis ao toque e computadores que percebem se você está triste ou feliz estão mais próximos do que imaginamos.

Os carros voadores estão por aí!

Em alguns anos veremos cada vez mais empresas interessadas em modelos fáceis de dirigir nas estradas, mas que possam levantar voo facilmente dentro das cidades.

Engarrafamentos são um dos maiores problemas enfrentados pelos centros urbanos atualmente. A frota de carros cresce e o número de veículos por habitante é cada vez maior. Muitas pessoas frequentemente até levam horas para se deslocar de casa para o trabalho ou para a faculdade.

Uma coisa é certa: não há como construir novas ruas nos centros das cidades. Algumas melhorias de urbanismo podem ser realizadas, mas conter o avanço da frota de veículos já é algo impensável. A baixa qualidade dos transportes coletivos desmotiva as pessoas a utilizarem o ônibus ou o metrô, o que agrava ainda mais a situação.

Ao pensar em todas essas questões, os estudos acerca de meios de transporte aéreos para curtas distâncias têm progredido muito nos últimos anos, com protótipos testados por diversas empresas espalhadas por todo o globo. Neste artigo discutiremos um pouco mais sobre as melhorias e desvantagens dos veículos urbanos que muito em breve preencherão os céus das grandes cidades.

Uma tarefa complexa

O vídeo acima mostra uma passagem do filme “O Quinto Elemento” em um futuro não tão distante, que retrata um pouco do que poderemos conferir em nossas vidas. Ali os carros são muito parecidos com os atuais, mas se deslocam em diversos níveis de altura diferentes, em meio às dezenas de arranha-céus, cada vez mais comuns pela falta de espaço nos centros das cidades.

Toda a fluência do trânsito exibida no trecho é um dos maiores desafios dos desenvolvedores dos novos veículos. Sistemas de posicionamento eficientes com ferramentas anticolisão extremamente complexas serão uma necessidade para evitar acidentes, que serão bem mais fatais do que nos carros atuais.

Outro problema é criar ferramentas de direção simples de usar por pessoas comuns. Ao guiar em três dimensões o processo se torna bem mais difícil, o que precisa ser levado em conta por quem cria um carro voador. Atualmente já é complicado manter os novos veículos estáveis em testes, o que precisa ser melhorado drasticamente ao pensar em uma situação real na vida humana.

Para finalizar, é necessário um sistema de voo que atue de forma vertical, já que nas cidades não há espaços semelhantes às pistas de decolagem para os novos carros. Os veículos também não podem ser muito grandes e precisam apresentar boa mobilidade nas ruas, além de serem econômicos o suficiente para não agravarem a crise energética que o planeta enfrentará em alguns anos.

Vantagens

Voar sobre aquele engarrafamento enorme das avenidas e chegar em casa em poucos minutos é o sonho de todo motorista nos finais de tarde. A mobilidade dos transportes aéreos poderá ser infinitamente melhor do que temos hoje. Se as avenidas forem divididas em níveis de altura, teremos dezenas de alternativas para escapar dos engarrafamentos e chegar mais cedo em nossos destinos.

Com veículos que não enfrentam trânsito intenso e que podem sobrevoar áreas com facilidade também se torna viável morar um pouco mais longe do caos urbano. Em poucos minutos você levantará voo e partirá para casa em velocidades bem mais altas do que ocorre atualmente, sem problemas em morar a 50 Km de distância do seu trabalho.

Projetos a caminho!

Moller Skycar

Desde 1989 a empresa já conseguiu colocar um veículo em levitação no ar, o antigo Moller M200X. Depois de duas décadas, diversas alterações e melhorias foram feitas, o que resultou no Skycar, um dos protótipos de maior sucesso até agora.

Com diversos propulsores laterais, o veículo terá capacidade de levitar com facilidade. A velocidade de cruzeiro do Skycar passará de 400 Km/s de acordo com informações de seu desenvolvedor. A proposta deles é de cobrar cerca de 60 mil dólares pelo veículo quando ele estiver pronto para ser vendido em larga escala.

PAL-V

A sigla remete a “veículo pessoal para terra e ar”, projeto de desenvolvedores holandeses como uma evolução de seu carro terrestre já lançado. A ideia agora é acoplar hélices de helicóptero retráteis ao veículo, o que permitirá que ele voe por algumas horas e também seja fácil dirigir nas ruas.

Com apenas uma roda na frente, o PAL-V se inclina nas curvas como uma moto, o que torna a direção agradável e reduz os efeitos de inércia sobre o piloto. A empresa tem realizado testes nos últimos meses para criar um sistema de hélices viável para o veículo.

Urban X-Hawk

A companhia israelense é uma das mais avançadas na elaboração de veículos de decolagem vertical. Os testes do X-Hawk estão bastante adiantados, com simulações reais de voo bem-sucedidas em diversas ocasiões.

O veículo já consegue se manter estável ao flutuar, graças a sistemas de medição de altura e angulação bastante precisos. A versão média dele conseguirá carregar até oito passageiros. Também há a ideia de usá-lo a fim de transportar aparelhos de atendimento médico para alcançar locais com feridos inacessíveis para veículos terrestres.

SkyRider X2R

As indústrias MACRO também já desenvolveram um projeto ambicioso quanto ao carro voador. Chamado de SkyRider, ele poderá viajar a quase 400 Km/h e carregar duas pessoas. Tudo isso será possível a partir de um motor central que alimentará quatro potentes hélices.

Protótipos "Tabajara"

Aerocar International’s

Tem gente que quer ganhar a fama de construtor do carro voador a qualquer custo. Os desenvolvedores do Aerocar pegaram um avião, colocaram rodas maiores e uma frente semelhante a de um carro no modelo. O resultado eles chamam de carro voador, mas vai ficar bem difícil colocar um desses na garagem.

Terrafugia

Semelhante ao modelo anterior, o Terrafugia se parece mais com um avião do que com um carro. A maior novidade nele é a capacidade de encolher as asas, o que o torna até dirigível, mas longe de ter a mobilidade de um carro convencional no trânsito. Além disso, centenas de metros de pista livre são necessários para o modelo levantar voo. Apesar de tudo, o modelo já teve bons resultados como avião, como você confere no vídeo abaixo:

MIT student’s roadable aircraft

Ao menos os estudantes do MIT consideram seu veículo como um avião capaz de rodar em estradas com alguma facilidade. Ele é extremamente parecido com o Terrafugia e já apresenta fase de desenvolvimento final. Pode voar 500 milhas com um tanque de combustível em velocidades próximas de 200 Km/H.

Quanto tempo esperar?

Embora diversos protótipos de qualidade estejam em desenvolvimento, ainda é cedo para dizer quanto tempo levará para termos veículos como estes em nossas garagens. Diversas outras formas de transporte – em especial soluções coletivas – também são cogitadas para diminuir os problemas de tráfego nos grandes centros urbanos.

Outro fator que parece atrasar esse desenvolvimento é o fato de nenhuma grande empresa aérea ou automotiva mover grandes esforços para incentivar a pesquisa. Agora os esforços das montadoras passou a ser a busca por alternativas energéticas para os combustíveis fósseis, nada muito além disso.

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