Seja, Bem Vindo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Qual a melhor página inicial para sua navegação?

Fofocas, notícias do mundo, entretenimento e propagandas ainda fazem parte da sua página inicial? Conheça alternativas interessantes e criativas para aproveitar melhor sua navegação.
Quem nunca se pegou assistindo a vídeos engraçados ou lendo notícias quando na verdade abriu o navegador para verificar sua caixa de mensagens ou conferir seu extrato bancário? Isso é comum porque somos bombardeados por uma quantidade imensa de informações variadas em diversos locais da internet.

Desviar um pouco do assunto não é necessariamente mau, mas certamente também não é bom quando estamos em busca de eficiência. Seja para não se distrair com bobagens, não perder uma notícia de interesse ou economizar tempo, confira as dicas de página inicial que o Blog do IGOR separou para seu navegador.

Qual seu interesse?

Ao menos que este texto tenha sido copiado para outro site, você está visitando o Blog do IGOR. Logo, pode-se deduzir que você se interessa por jogos, downloads, notícias referentes a tecnologia e novidades do mundo eletrônico. Ótima escolha, pois se trata de uma página dinâmica, com um foco bem definido e que atualiza seu conteúdo diariamente.



Ao contrário, domínios muito abrangentes acabam poluindo a tela e distraindo o usuário com assuntos de menor interesse. Claro que o Blog do IGOR é apenas um exemplo de site com foco bem definido. Quem gosta de games pode adotar clickjogos como página inicial e o Muita Música é perfeito para quem gosta de um bom som entre tantos outros.

Apenas o mínimo

A ideia de contar com uma página inicial em branco pode parecer estranha diante de tantas opções completas e personalizáveis, no entanto, ela é bastante utilizada. Não se trata de uma página propriamente dita, mas do conhecido about:blank, o oposto do que normalmente nos empurram.



Já reparou que abrir uma nova aba consome recursos do seu computador e de conexão? Bem, isso não existe caso você selecione uma página em branco como sua página inicial. Ideal para bandas estreitas e computadores com poucos recursos, basta colar a sentença “about:blank” (sem aspas) em sua opção de página inicial.

O grande guru

Não se pode negar que a alternativa acima é perfeita para manter o usuário focado naquilo que deseja fazer. Outra opção eficaz é adotar a busca do Google. Além de leve, assim você evita o bombardeio de propagandas e notícias logo na primeira página.



Por outro lado você também conta com as diversas ferramentas Google, que volta e meia acabam sendo requisitadas.

Tudo no mesmo lugar

E por falar no grande nome das buscas, seria impossível deixar de citar o iGoogle. A página de widgets é extremamente personalizável e permite que os usuários criem uma página inicial com todos os seus interesses.



Contar com seus endereços favoritos, notícias fresquinhas e várias opções logo na capa do seu navegador é um verdadeiro serviço de primeira. Claro que o iGoogle já não se encaixa em um exemplo enxuto e exige uma conta para salvar suas preferências.

Livre acesso

Confirmar seu login está longe de representar um incômodo, mas certamente não é a alternativa mais prática. Se você não está disposto a entrar com seu nome e senha para contar com um serviço personalizado, fav4.org permite que você escolha quatro de suas páginas favoritas.



Nada de anúncios piscando na tela ou incontáveis páginas de texto, tudo o que você encontra é a logo das quatro páginas que escolheu. Para personalizá-las, clique no ícone da engrenagem ao canto da tela. fav4 salva sua escolha na forma de cookies, ou seja, você não precisa se preocupar com nomes e senhas.

Atalhos de navegador

Entre várias opções para sua página inicial, alguns usuários optam por todas elas de uma única vez. Quem já utilizou o Chrome sabe que o navegador exibe a miniatura das páginas mais acessadas pelo usuário em uma nova navegação. Já o Opera permite que você especifique até 25 endereços para as boas-vindas.



Se você utiliza o Firefox, Speed Dial é uma extensão capaz de trazer as práticas miniaturas para a página inicial. A única diferença é que ele não as exibe ao abrir novas abas.

Sua própria página

Caso você possua uma página pessoal ou blog, por que não visitá-lo logo ao início da navegação? Manter seu espaço web atualizado é vital para garantir seu futuro. Afinal, ninguém gosta de visitar um endereço que parece abandonado.



Outra solução para quem tem afinidade HTML é criar uma página de boas-vindas personalizada e salvá-la no diretório local. Funciona como o “about:blank”, mas ao invés de uma página completamente em branco, você se depara com suas próprias ideias.

As alternativas deste artigo não são as mais populares, elas ilustram um apanhado de ideias diferentes e originais. É incrível a quantidade de pessoas que não se dá ao trabalho de facilitar sua navegação personalizando sua página inicial.

E você, qual página inicial utiliza em seu navegador? Tem alguma sugestão interessante?

Por dentro de uma fábrica de chips

Entenda como um punhado de areia se transforma em processadores e chips de memória flash.

Independente de ser utilizado como processador ou para armazenagem de dados, os chips de silício são cada vez mais onipresentes no dia a dia das pessoas. Desde seu celular até seu computador – passando por iPod, pendrive e câmera digital – todos esses aparelhos utilizam pelo menos um chip de silício.

Apesar de diferenças estruturais significativas, a produção de chips para processamento de dados ou armazenagem de informação é muito semelhante. Ambos os produtos surgem de wafers (bolachas, em tradução direta) de silício tratadas com pigmentos, esculpidas quimicamente e recortadas ao final do processo.

A fantástica fábrica de wafers

No começo de fevereiro de 2010 a IM Flash Technologies – joint venture da Intel e da Micron Technologies – abriu as portas da sua fábrica em Lehi, Utah, para diversos membros da imprensa.

A IMFT Lehi é uma fábrica exclusivamente dedicada à produção de memória NAND Flash, mas como o processo produtivo de wafers não difere muito, o local servirá de exemplo neste artigo.

IMFT Lehi

O prédio da IMFT Lehi é enorme, e como você pode conferir, fica num cenário de montanha de dar inveja. Aliás, vale lembrar: as fotos utilizadas neste artigo são de autoria do pessoal do PC Perspective, um dos blogs convidados a visitar a fábrica durante sua instalação e início da produção.

Tecnologia além do chip

O prédio da fábrica é um show à parte. Toda a estrutura é mantida nos pilares dos andares mais baixos, e nenhuma parede interna do andar ocupado – CleanroomBallroom Fab” na imagem abaixo - suporta carga, servindo apenas como divisórias de ambientes.

Corte esquemático da fábrica IMFT Lehi

Com isso, o andar principal torna-se um enorme salão de vão livre. Nele os operários transitam, operam equipamentos e carregam informação para o maquinário espalhado nos andares inferiores – Clean Subfab eUtility level.

Um ponto importante – e bastante interessante – do processo de fabricação é que, em nenhum momento, os operários entram em contato direto com os wafers de silício. Mesmo assim as normas de operação exigem que os funcionários utilizem máscaras completas – deixando apenas os olhos descobertos – e roupas especiais para evitar a contaminação por partículas na fábrica.

Visão interna mostrando as perfurações no assoalho da plantaNa foto ao lado você percebe que o assoalho do andar é todo perfurado. Isso é mais uma providência tomada para impedir a contaminação por poeiras e outras partículas no ambiente da fábrica.

Como a temperatura e a umidade do ar são controladas, a engenharia dos andares utiliza o próprio ar-condicionado para gerar um fluxo descendente, carregando pó e qualquer outro elemento estranho para o andar mais baixo do prédio, onde apenas serviços de manutenção são desempenhados.

Todo o material produzido é manuseado por máquinas. Robôs programados carregam os FOUP (Front Opening Unified Pod – cartucho unificado aberto pela frente) com as bolachas pelas diversas estações de fabricação, fazendo com que o trabalho humano seja principalmente de manutenção, acompanhamento e resolução de problemas.

Ensopado e churrasco

O processo de obtenção dos wafers é relativamente simples. Antes de tudo é necessário se obter silício – um dos principais componentes da areia. Obviamente determinados tipos de areia contêm um percentual maior de silício em sua composição, o que os torna ideais para a obtenção do material.

Com a areia correta carregada, além de alguns outros elementos necessários para a obtenção das propriedades elétricas necessárias a um chip de computador, cria-se um melt ao derreter a mistura de areia e outras cargas.

Processo de obtenção das barras de silício que serão fatiadas em wafers

Pronto o melt, aplica-se um cristal de silício extremamente puro (em torno de 99,99% de silício) e sem falhas estruturais. O silício presente no melt se agrupa em torno deste cristal quase puro, formando uma barra de silício com praticamente a mesma pureza – com uma parcela mínima dos aditivos usados na mistura inicial.

Quando a barra de silício já tem tamanho suficiente, ela é retirada e levada para o corte. Os wafers são fatias transversais da barra cristalina, mais ou menos como um churrasqueiro faz com uma linguiça.

Da bolacha à lasca

Com o wafer recortado, o disco de cristal de silício passa por uma série de ajustes visando remover imperfeições e preparar a superfície para a impressão dos circuitos.

Wafer de 300mm com pingmentosDepois de ter sua face polida, cada bolacha recebe várias camadas de pigmentos e outras substâncias químicas. Essas camadas extras receberão a impressão do circuito responsável pelo funcionamento do chip.

Essa impressão é feita de maneira semelhante a uma gravura, em um processo chamado fotolitografia. O desenho dos circuitos é criado em uma máscara – em um tamanho bem maior do que o do chip – e projetado através de lentes sobre as camadas que foram adicionadas depois do polimento.

Os locais onde a luz incide sobre o wafer são impressionados pela luz – não muito diferente do que acontece em uma fotografia – e tratados com agentes químicos para remover as partes indesejadas no circuito. Essa é a impressão dos caminhos dos elétrons.

Perceba que um wafer hoje considerado como estado da arte tem 300 mm de diâmetro – o próximo passo é aumentar essa medida para 450 mm – e chips de computador são muito menores do que isso. Cada disco recebe a impressão de vários chips, que serão posteriormente destacados e destinados às embalagens escuras que você encontra dentro da sua máquina.

Imagem macro de dies de 25nmCada wafer é dividido, através da impressão dos circuitos, em dies – a área correspondente ao espaço ocupado por um elemento do circuito. No caso das bolachas de 300 mm utilizadas hoje, um único disco pode entregar até bilhões de dies.

Nem todos os dies são funcionais, entretanto. Contando o espaço de manipulação pelas máquinas, as áreas com informação de produção e falhas de impressão ou deposição de camadas, uma parcela de cada wafer é desperdiçada.

Como cada die não forma um circuito completo, esses bilhões de espaços tornam-se milhares – e em alguns casos apenas centenas – de chips. Depois de completado o processo de impressão, os chips são recortados do wafer e embalados em plástico para receber seu destino final.

Os chips criados por esse processo – como já foi dito antes – são utilizados tanto em processadores como em memória flash. O que diferencia um do outro são o tamanho final – chips de memória têm um formato padrão, o que não acontece com processadores – e o circuito impresso na etapa da fotolitografia .

O pessoal do PC Perspective colocou uma comparação interessante entre os tamanhos dos dois tipos de chip, que você confere nas fotos a seguir. Perceba que os chips de memória são bem menores que os de processadores (a moeda de quarter - à esquerda - tem aproximadamente o tamanho da moeda de 50 centavos brasileira, enquanto a de cent - à direita - tem o tamanho da nossa moeda de 1 centavo).

Processador em comparação com um quarter americano Cip de memória flash comparado a um cent americano

Saindo da fábrica

Drive SSD com 10 chips NADN flash de 16 GB. Cada chip usa 3 dies de 4 GB.No total, o processo de fabricação de um chip – da extração do silício até as ligações elétricas e acondicionamento em plástico – dura duas semanas. A IMFT Lehi, ao atingir sua capacidade máxima de produção, fabricará dois mil chips por dia, prontos para a venda a empresas como a Intel e a Micron.

Dentro de cada computador, celular, MP3 player ou praticamente qualquer equipamento que você utiliza está – pelo menos – um desses componentes. Agora você já sabe toda a jornada que faz com que areia se torne um eletrônico refinado e de altíssima tecnologia.

Captação de ondas cerebrais para controlar o computador

Tecnologia inovadora permite mover um avatar na tela do computador utilizando nada além do pensamento.

A CeBIT 2010 declara guerra ao mouse e ao teclado. Depois do controle de interface por meio do olhar, a austríaca Guger Technologies trouxe para a feira uma tecnologia surpreendente, que permite movimentar um avatar no computador utilizando apenas as ondas cerebrais.

O sistema exige que você vista uma touca que é no mínimo estranha, repleta de eletrodos para a captação das ondas. Criar uma tecnologia assim demanda muitas pesquisas e testes. O BCIsys, como é chamado pela empresa, já permite que o usuário mova um personagem na tela do computador utilizando apenas o pensamento, mas fica por aí.

Se o ritmo do desenvolvimento for mantido, é possível que daqui alguns anos, o controle de interfaces por meio das ondas cerebrais seja realidade no nosso dia a dia. Por enquanto, você pode conferir um vídeo de testes, que mostra de forma clara todo o poder desta nova tecnologia.

CeBIT 2010

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