Seja, Bem Vindo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mito ou Verdade: desligar o PC antes do Windows faz mal?

Descubra mais um mistério da informática cotidiana na série Mitos e Verdades do Blog do Igor. Hoje iremos saber se desligar o computador sem o Windows tê-lo feito antes causa danos. Preparado? Vamos lá!

“João, desligue esse notebook e preste atenção na aula!”, disse o professor Mário enquanto João e seus amigos riam apontavam para o computador durante a aula de Língua Portuguesa na faculdade. Ao perceber que o professor não brincava, um dos amigos de João decidiu tomar uma atitude drástica antes que ele pudesse fazer algo – apertou o botão desligar até que o notebook não exibisse mais nada na tela. De repente, João ficou pálido e disse ao amigo: “Se o meu computador começar a ter problemas, você vai ver!”.

Se você já passou por algo parecido, mesmo que não tenha sido um amigo seu que desligou seu computador, já deve ter se perguntado – “Desligar o computador antes do Windows faz mal?”. Existem testes que dizem que se você fizer isso mais de dez vezes, pode causar danos irreversíveis ao seu disco rígido, de modo que o seu Windows não iniciará da maneira correta. Assim, podem acontecer travamentos e até mesmo problemas mais graves.

Desligar o computador antes do Windows faz mal?

Entretanto, há outra linha de pesquisadores de defende a teoria de que este tipo de procedimento não causa danos físicos e sim ao Windows, já que com essa medida o sistema não terá como finalizar os processos que está executando no momento em que você ordenou que o computador fosse desligado ao pressionar o botão. Assim, vários arquivos são corrompidos e alguns programas podem parar de funcionar corretamente.

Será que o disco rígido é prejudicado?

Se você adotar a linha dos pesquisadores que acreditam em danos irreparáveis no hardware, é bom ficar atento para problemas que podem acontecer devido ao corte brusco de energia nos circuitos do seu computador. O mais prejudicado nesta história pode ser o seu HD, que poderá não rodar da maneira correta e até mesmo ser riscado de uma maneira quase irreversível. Assim, o computador fica com problemas bastante sérios.

Essa é uma questão que divide muitas opiniões pelo mundo afora. Sempre haverá quem diga que não vai acontecer nada, ou então aqueles que ficam abismados toda vez que ver alguém desligar o computador direto na energia. O fato é que o sistema operacional precisa fechar algumas rotinas para que quando você ligue o computador novamente, encontre tudo como deixou no momento anterior.

Desligamentos abruptos podem fazer com que alguns arquivos do sistema operacional sejam corrompidos e não funcionem bem. O Windows, assim como outros sistemas operacionais, trabalha com arquivos importantíssimos tanto na sua iniciação quanto no encerramento. Para que o sistema continue a funcionar bem, é melhor que você use o processo convencional de desligamento através do Menu Iniciar do seu computador. Entretanto, se isso acontecer apenas uma vez ou duas, não precisa se desesperar como fez o João do exemplo acima.

Tome cuidado ao desligar o seu computador!

O problema vem quando esse tipo de desligamento se torna frequente. As rotinas do Windows, das quais já falamos, passam a ser cortadas ao meio, danificando arquivos. Imagine que o mesmo João estava fazendo um trabalho durante a aula em vez de assistir vídeos no YouTube. Se o amigo dele desligar o computador enquanto João estivesse salvando este trabalho, o Word talvez não tivesse tempo de fazer a cópia de segurança do arquivo para que quando o sistema voltasse à ativa, pudesse ser retomado do último ponto de salvamento. Agora, imagine se em vez de um trabalho, fosse uma configuração importante do seu sistema operacional. Se o Windows desligasse de repente sem que houvesse tempo para salvar este registro, com certeza você irá enfrentar alguns problemas para utilizar o computador.

Os discos rígidos antigos sofriam com o desligamento inadequado. Os novos também podem sofrer!

Agora, vamos tratar sobre o hardware. Enquanto o seu computador está ligado, existe energia circulando pelas placas e circuitos. Essa energia é filtrada pela fonte, componente vital para o seu computador. A fonte é a responsável por permitir apenas a entrada de uma quantidade específica de eletricidade na sua máquina. Há algum tempo, interromper a alimentação de um computador acarretaria consequências bastante sérias. Entretanto, as fontes de hoje em dia já conseguem garantir alguma segurança quanto a isso.

Cuide bem do seu computador!

Mesmo assim, isso não significa que existe algum tipo de imunidade a esses problemas. Outra informação importantíssima: fonte não é o estabilizador. A fonte do seu computador fica dentro do gabinete. É dela que saem os fios amarelos, vermelhos e pretos para serem ligados aos dispositivos do seu computador. O estabilizador ou no break é um utilitário externo ao seu computador. É nele que você irá ligar a tomada para que aconteça uma estabilização da energia que é enviada ao computador.

Procure não interromper a alimentação do seu computador abruptamente!

Dependendo de onde você morar, a oscilação de energia pode fazer com que os componentes sejam danificados. Por isso, o uso do estabilizador se faz importante, já que ele possui peças dispostas de maneira que a energia que chega às suas placas e discos rígidos não se torne um problema. Falando sobre discos rígidos, é importante lembrar do tempo em que o sistema operacional usado em boa parte dos computadores era o DOS.

Desligue o computador corretamente

Enquanto no Windows não é necessário fazer nenhum tipo de ação relacionada ao disco rígido para desligá-lo, no DOS o usuário precisava digitar a linha de comando “park” para que o HD fosse “estacionado” na posição correta. Caso isso não acontecesse, o disco poderia ser corrompido e todos os dados perdidos.

Muito bem, agora que você já conhece os riscos que corre se desligar o computador antes do Windows, fica a seu critério decidir qual é a melhor opção. Mas lembre-se, de qualquer maneira o sistema operacional será danificado. Pode ser que não tenha acontecido até agora, mas para que dar chance para o azar? Se existe a opção “Desligar” é porque o Windows precisa de algum tempo para ser encerrado com segurança!

Fique ligado para mais “Mitos e Verdades” aqui no Blog do IGOR!

Até a próxima!


Fevereiro de 2010: qual o melhor navegador?

O Blog do IGOR testou os cinco navegadores mais difundidos atualmente. Confira os resultados.

Alguns usuários de navegadores menos conhecidos se arriscam a dizer que o melhor browser que existe é aquele que pouca gente usa, pois ele tem suas falhas menos exploradas — já que não faz sentido que hackers tentem quebrar a segurança de um programa que pouca gente usa.

Em parte, isso é verdade. Em parte. Assim como pouca gente os utiliza, e por consequência, poucas falhas são exploradas, a compatibilidade de navegadores pouco usados também é extremamente limitada e a disponibilidade de ferramentas adicionais para eles é praticamente inexistente.

Índice

1. Polêmica
2. Os candidatos
3. Como? Quando? Onde?
4. O que foi avaliado?
Índice4.1. Testes de compatibilidade e desempenho
4.1.1. Velocidade de abertura e carregamento
4.1.2. Consumo de memória
4.1.3. Acid2
4.1.4. Acid3
4.1.5. Peacekeeper
4.2. Funcionalidades e personalização
5. Os resultados
5.1. Compatibilidade e desempenho
5.1.1. Velocidade de abertura e carregamento
5.1.2. Memória usada
5.1.3. Acid2
5.1.4. Acid3
5.1.5. Pontuação Peacekeeper
5.2. Funcionalidades e personalização
6. Análise final

1. Polêmica

A pergunta que dá título a este artigo é extremamente perigosa, pois pode ter diversas respostas sem que nenhuma esteja errada. No entanto, a melhor resposta o Blog do IGOR se encarrega de apresentar (tom de mistério e tambores rufando): depende. Pedimos desculpas de antemão se essa resposta não satisfaz os leitores mais exigentes, mas seria irresponsabilidade dizer que este ou aquele navegador de internet é melhor ou pior.

Logicamente, o parágrafo acima só é verdade se levarmos em conta os cinco navegadores testados. Existe muita coisa ruim por aí, e é por isso que não vale a pena falar delas — lembrando que o fato de não testarmos outros navegadores não significa que eles sejam piores. Todos os browsers testados por nós são ótimos porque cumprem as tarefas para as quais foram programados e das quais nós, usuários, criamos graus diferentes de expectativa de qualidade.

Polêmica

Não podemos afirmar se determinado browser é pior ou melhor, simplesmente porque isso é muito relativo. O desempenho de um navegador varia por inúmeros motivos: configuração do computador usado, sistema operacional, quantidade de aplicativos abertos simultaneamente, velocidade da conexão, quantidade de plugins, extensões, barras de ferramentas ou outros complementos, além de diversas outras características.

Outro fato que nos “proíbe” de dizer que o navegador X, Y ou Z é o melhor pode ser descrito por um ditado mais que conhecido de todos: “gosto não se discute”. Aqui mesmo, na redação, temos usuários de Firefox, Opera, Internet Explorer, Chrome e diversos outros. Cada um, quando questionado, defende com unhas e dentes o navegador que utiliza.

Levando tudo isso em consideração, submetemos cinco candidatos a diversos testes, com critérios que hoje são considerados indispensáveis para o bom desempenho de um browser. Fizemos tudo isso e deixamos que você, leitor e usuário do Blog do IGOR, chegue à conclusão de qual é o melhor navegador da atualidade.

2. Os candidatos

Google Chrome, Opera, Internet Explorer 8, Mozilla Firefox e Safari.

3. Como? Quando? Onde?

Dedicamos toda esta semana para os testes. Ou seja, foram cinco dias de pesquisas — para definirmos quais testes são relevantes e quais características deveriam passar pelo crivo da postagem do Blog do IGOR —, formatações, instalações, desinstalações e execuções exaustivas dos candidatos.

A máquina usada como cobaia é um Dell Dimension C521, com um processador AMD Athlon 64 rodando a 2.2 GHz, com 2 GB de memória RAM, Windows XP com Service Pack 3. Cada navegador foi testado em um ambiente completamente limpo.

Isto é, formatamos a máquina, instalamos o Windows, o próprio navegador e fizemos os testes sem alterar qualquer configuração padrão do browser, ou mesmo do sistema. O procedimento foi repetido para os cinco navegadores testados.

Dessa forma, garantimos que os testes não seriam distorcidos e todos os browsers trabalhariam nas mesmas condições. Vale lembrar que o Internet Explorer leva certa vantagem, pois é pré-carregado juntamente com o sistema operacional. Mas lendo este artigo, você perceberá que essa vantagem de nada adianta.

4. O que foi avaliado?

Um navegador deve ser capaz de executar diversos tipos de tarefas, e fazer isso com rapidez. Também é necessário que ele seja capaz de renderizar e exibir as páginas de acordo com as especificações das linguagens disponíveis hoje para programação — CSS, XML, HTML, JavaScript, DOM, etc.

4.1. Testes de compatibilidade e desempenho

Abrir as páginas de maneira rápida é indispensável, pois evita que a paciência do usuário se esgote e ele resolva procurar outro navegador. Veja abaixo como procedemos para verificar a compatibilidade e velocidade dos candidatos.

4.1.1. Velocidade de abertura e carregamento

Para cada navegador, fizemos testes cronometrando o tempo demorado por eles para abrir, do momento em que o Enter é pressionado até o programa entregar o controle ao usuário. Foram medidos os tempos de abertura nas seguintes situações:

bullet Primeira execução após instalação;

bullet Segunda execução (com a página inicial padrão);

bullet Tempo levado para abrir a janela sem qualquer site sendo carregado;

bullet Tempo para abrir uma nova aba vazia;

bullet Tempo para abrir a janela com sete abas, com sites definidos como página inicial nas configurações do browser — alguns navegadores não permitem a abertura simultânea de vários sites como página inicial. Para esses casos, salvamos a sessão e reiniciamos o navegador com os sites abertos anteriormente. Isso não distorce o tesde de nenhuma forma;

bullet Tempo para abrir uma nova aba contendo uma página web, a partir do clique em um link na aba anterior.

*Exceto pelo teste da primeira execução, todos foram cronometrados três vezes para garantir que nenhuma interferência, seja de hardware ou outros softwares, distorcesse o teste. O resultado final é uma média dos três tempos.

4.1.2. Consumo de memória

O uso de memória também é extremamente importante, pois quanto mais memória o navegador utiliza, mais lento fica seu processamento, bem como o desempenho do computador como um todo.

Usamos o Gerenciador de tarefas do Windows para verificar a quantidade de memória utilizada nas situações abaixo, exceto pelo Google Chrome. Para ele, usamos o relatório de memória do próprio navegador, pois é aberto um processo para cada aba, o que distorce a medição mostrada pelo Gerenciador de Tarefas do Windows.

Consumo de memória  do Safari com sete abas abertas.

bullet Primeira execução;

bullet Consumo, com página inicial padrão;

bullet Execução com página em branco;

bullet Consumo com sete sites abertos, cada um em uma aba.

4.1.3. Acid2

Criado por um grupo chamado “Web Standards Project”, o Acid2 verifica se o browser é capaz de organizar o layout das páginas de acordo com as especificações do CSS 2.1, bem como aspectos da interpretação do código HTML, imagens no formato PNG e processamento de dados.

Para passar no Acid2, o navegador deve exibir uma imagem exatamente como a de referência, que mostramos abaixo.

O nariz deve ficar azul.

*No teste real, passando o mouse sobre a imagem, o nariz da figura ficará azul. Sem o mouse, ele é preto.

4.1.4. Acid3

A versão mais recente do teste Acid dá prioridade para a desenvoltura com que o navegador processa DOM (Document Object Model) e o JavaScript, que são tecnologias cada vez mais utilizadas, principalmente em sites que já contemplam as especificações da web 2.0, responsável por um maior grau de interatividade do usuário com a internet.

Referência do Acid3.

O teste Acid3 mostra diversos quadrados coloridos que são preenchidos gradualmente, bem como uma porcentagem que varia de 0 a 100, que significa exatamente a porcentagem de testes realizados em que o navegador foi aprovado. Quanto mais próximo de 100, maior é a compatibilidade do navegador com as especificações vigentes.

DOM é o nome da forma como diversas tecnologias são integradas para modificar dinamicamente as páginas da internet. Diversos sites grandes já possuem elementos criados usando DOM, evitando que uma nova página tenha que ser carregada a cada clique do usuário, aumentando assim a velocidade de navegação, pois o uso de largura de banda é menor.

4.1.5. Peacekeeper

A Futuremark é uma das empresas de benchmarking mais respeitadas do mercado. Ela desenvolve testes para diversos itens e o mais utilizado é o que verifica a qualidade com que as placas de vídeo atuais processam imagens em 3D. O Peacekeeper faz avaliações mais pesadas que os testes Acid, mas testa as mesmas características.

Peacekeeper

Os resultados do Peacekeeper são exibidos na forma de uma pontuação que soma os números de aprovações de cada um dos testes. Quanto maior a pontuação, melhor a performance do navegador para os itens testados.

4.2. Funcionalidades e personalização

Como já mencionamos, não faz sentido avaliarmos a qualidade de extensões, temas ou outros itens subjetivos, mas podemos colocar à prova a quantidade de possibilidades dadas ao usuário para que ele adapte o browser às suas necessidades.

Não atribuímos pontos para os navegadores nesses quesitos. Só fizemos um comparativo de quais têm e quais não têm as características verificadas, pois certos tipos de personalização podem ser considerados completamente inúteis para algumas categorias de usuário, assim como poderíamos deixar de fora algum complemento utilizado por outros.

5. Os resultados

5.1. Compatibilidade e desempenho

Nossas avaliações não nos surpreenderam, e provavelmente não o farão com você, pois todos os navegadores tiveram desempenho similar ao que já é de conhecimento geral. O Google Chrome foi o grande campeão, tirando nota máxima no Acid3 e saindo disparado no teste do Peacekeeper.

5.1.1. Velocidade de abertura e carregamento

Como o Internet Explorer 8 já vem com o Windows, ele foi o primeiro a sofrer na mão do Blog do IGOR. Porém, no Windows XP, a versão do Internet Explorer não é a 8 e, por isso, tivemos que fazer o download e instalação, tornando o teste mais justo, pois todos os navegadores passaram por isso.

Internet Explorer 8

Parece que os desenvolvedores de software adoram fazer propaganda de si mesmos quando alguém resolve instalar um de seus programas. Todos os navegadores, ao serem abertos logo após a instalação, direcionaram o usuário para as páginas de boas-vindas da empresa desenvolvedora.

O pior desempenho nesse quesito foi do Safari, que carrega uma pesada animação logo no início, dando a impressão de que está travado enquanto ela não inicia. Ele levou absurdos 17 segundos para mostrar tal animação. O Chrome teve desempenho excelente, mas vale lembrar que a página inicial do Google também é extremamente leve.

O Opera, com seu desenho bonitão e arrojado, acabou tropeçando um pouco na primeira inicialização, por causa da pesada página de Speed Dial. De qualquer forma, todos os navegadores, exceto o Safari, foram extremamente rápidos na primeira inicialização, geralmente levando poucos segundos para entregarem o comando ao usuário.

SpeedDial do Opera

Da mesma forma, nas demais inicializações, todos melhoraram os tempos de abertura, exceto quando mandamos que eles abrissem sete abas ao mesmo tempo. Mesmo assim, não houve grandes problemas de desempenho. Lembre-se de que o navegador vai ficando mais lento à medida que mais informações vão sendo agregadas a ele — extensões, histórico e arquivos temporários são os grandes vilões.

No caso específico do Firefox, houve ocasiões em que fechamos e clicamos duas vezes no ícone do programa e nada aconteceu. Ou seja, algumas vezes o navegador simplesmente se recusou a abrir.

Veja abaixo o gráfico comparativo dos tempos de abertura. O tempo está em segundos, com precisão de três dígitos após a vírgula. Quanto menor a barra, mais rápida foi a inicialização naquele passo.

O mais rápido.

Velocidade de abertura.

Legenda
Passo 1: Primeira execução;

Passo 2: Segunda execução, com página inicial padrão;

Passo 3: Execução com página em branco;

Passo 4: Abrir nova aba vazia;

Passo 5: Abrir a janela do navegador com sete abas e os seguintes sites: Blog do Igor, Orkut, Google, Youtube, Cocheita Feliz, Yahoo, Yahoo Respostas.

Passo 6: Abrir página em nova aba a partir de link.

5.1.2. Memória usada

Quem tem memória de sobra no PC (2 GB ou mais), geralmente não precisa se preocupar com a quantidade comprometida pelo navegador, a menos que haja muitos complementos instalados nele. Nos testes, não houve grandes problemas neste quesito e todos os navegadores se saíram bem, não passando do pico de 160 MB.

O gráfico abaixo mostra o consumo de memória de cada um dos navegadores durante os diferentes passos dos testes de desempenho de tempo. A legenda é a mesma do item anterior, então você pode tomá-la como referência. Nos passos 4 e 6, não foi medida a quantidade de memória, pois esse consumo de memória é irrelevante.

O que consome menos memória nos momentos críticos.

Uso de memória.

O modo correto de interpretar o gráfico acima é olhar primeiramente as três primeiras barras (azul, vermelha e verde). A tendência é que o uso de memória caia da direita para a esquerda, como é possível verificar nos gráficos do Firefox e, melhor ainda, no do Safari — isso não quer dizer que esses dois navegadores se deram melhor no consumo de memória, mas se comportaram como o esperado.

Estranhamente, o Internet Explorer 8 consumiu mais memória na segunda inicialização do que na primeira, apesar de não ter sido alterada qualquer configuração e de na primeira execução serem necessários diversos procedimentos de configuração. É desnecessário dizer (mas nós falamos mesmo assim) que em se tratando de inúmeras abas abertas, o Internet Explorer deixa muito a desejar, pois ele foi o que mais usou memória.

O Chrome, apesar de ter se saído melhor na maioria dos testes, foi um dos três que mais consumiram memória quando abrimos todos os sites da NZN de uma só vez. O Firefox, como podemos perceber, foi o que consumiu menos memória, o que nos dá a impressão de que ele é melhor no tratamento de diversas abas abertas ao mesmo tempo.

5.1.3. Acid2

No teste Acid2, os navegadores deveriam ser capazes de exibir corretamente a imagem de referência exibida anteriormente (aquela com o sorriso). Todos os navegadores conseguiram mostrar perfeitamente a imagem e o nariz azul quando o mouse era passado em cima.

Todos compatíveis com os testes do Acid2

5.1.4. Acid3

O Acid3 foi o responsável pela desgraça de um ou outro navegador. O Internet Explorer teve o pior desempenho, mas isso já era esperado, pois a própria Microsoft já declarou que seu foco não é “passar no teste Acid”. Nós, usuários, realmente preferíamos que fosse, pois isso conferiria mais confiança ao IE8, já que os testes Acid são respeitados mundialmente.

No Acid3, somente Internet Explorer 8 e Mozilla Firefox não obtiveram a 100% de aprovação nos testes. O Firefox, no entanto, ficou a somente 6% de ser perfeito. Já o Internet Explorer fez vergonhosos 12% de aprovação, o que nos fez repetir o teste diversas vezes para verificar distorções.

Desempenho do IE8 no Acid3.

Nas repetidas vezes que executamos o Acid3 no IE8, o navegador só conseguiu chegar a 20% de aprovação. Ou seja, sites com tecnologias de ponta provavelmente aparecerão de forma incorreta ou exibirão mensagens de erro.

Três candidatos empataram no Acid3.

5.1.5. Pontuação Peacekeeper

O Peacekeeper foi o teste que melhor ilustrou a batalha entre os cinco navegadores testados. O site disponibiliza um endereço permanente com os testes realizados, para que você possa justamente comparar os resultados com os testes de outros navegadores instalados em sua máquina.

O gráfico abaixo fala por si mesmo. O Google Chrome foi o campeão disparado, apesar de ficar extremamente lento com muitas extensões instaladas — assim como o Firefox, o Opera e qualquer navegador que suporte a adição de complementos.

O Chrome foi o campeão na auditoria de compatibilidade.

Se você quiser conferir nossos testes em detalhe, clique aqui para ir para a URL permanente. Clicando no nome de cada um dos navegadores, você pode ver detalhes da pontuação, que mostram as categorias de recursos avaliados pelo teste.

5.2. Funcionalidades e personalização

Chegamos ao item que causa discórdia entre a maioria dos usuários que gostam de defender o programa que usam. Alguém poderia, por exemplo, achar que estamos depreciando a qualidade do Internet Explorer — apesar de os testes de desempenho mostrarem que ele é o mais lento de todos.

Internet ExplorerPorém, é importante lembrar que o navegador da Microsoft ainda é o mais utilizado no mundo, não só porque já vem com o Windows, mas porque é um dos mais amigáveis, simples e que satisfazem as necessidades de usuários que não precisam de adicionais, como gerenciamento e sincronização de senhas, visualização de abas e diversos outros complementos que, para esses usuários, só fazem qualquer navegador ficar mais lento.

Por outro lado, o usuário mais hardcore certamente preferirá navegadores alternativos. O Firefox deve ganhar um destaque especial por ter o suporte para extensões desde as suas primeiras versões, fazendo com que hoje seja ele o que tem a maior oferta e variedade de adicionais disponíveis.

O Opera é o navegador com uma das interfaces mais interessantes de todas. A ideia de poder visualizar o conteúdo das abas e redimensioná-las é extremamente útil e original para quem quer ou precisa de algo mais visual a fim de gerenciar as dezenas de abas abertas.

MiniTabs

O Google tem se mostrado extremamente preocupado com a experiência do usuário na internet — até porque o sistema operacional anunciado pela empresa será totalmente dedicado à internet. Prova disso são as melhorias quase diárias implantadas ao Chrome.

Ele já suporta a instalação de extensões de forma rápida e fácil, possui uma interface sem frescuras, é extremamente rápido e o melhor de tudo: é compatível com as tecnologias de ponta disponíveis na atualidade.

SafariO Safari (para o sistema Windows!) ficou no final porque, honestamente, não há motivo para baixar um navegador tão simples e escasso de recursos, além de não ter opções de personalização — não possui temas e não tem possibilidade de instalação de extensões. Apesar de ter se saído bem nos testes do Peacekeeper, o Safari não oferece nenhuma vantagem em relação aos outros navegadores, a menos que o nome Apple transmita pompa o suficiente para convencer você.

6. Análise final

Como dissemos na longa introdução, avaliar navegadores é como querer comparar um sorvete de uva com um de banana. É tudo uma questão de preferência. Entretanto, se a banana estiver estragada, certamente você não vai querer comê-la, certo?

Pense nisso fazendo uma analogia com o resultado dos nossos testes de desempenho e compatibilidade: o “sabor” do navegador, ou seja, seus adicionais, interface e supérfluos também são importantes, mas na hora da escolha, pense também se optar pelo navegador mais bonito é realmente a melhor solução.

Como uma dica final, recomendamos que você comente com outras pessoas os testes aqui vistos, para confirmar as afirmações que fizemos e comprovar o que o Blog do Igor demonstrou nas avaliações. De qualquer forma, espera-se que você fique satisfeito com sua decisão.


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